O 1 de maio de 2020 acontece numa situação completamente diferente para a humanidade. Uma pandemia levou à morte milhares de pessoas no Brasil e no Mundo e ainda ameaça muitas mais.
Estamos em luta pela vida e o fazemos com o apoio da ciência, dos profissionais e do sistema público de saúde. Infelizmente, nestes casos, a única saída conhecida e racional é o isolamento social.
No Brasil, além da pandemia de covid19, enfrentamos o pandemônio provocado por um governo irresponsável, de extrema direita, cuja preocupação é com os negócios e lucros do grande capital.
De certa forma, a pandemia fez cair as máscaras na sociedade, deixando claros os papéis, as ideias e os interesses de classe. De um lado estão banqueiros, investidores, o agronegócio, as grandes corporações comerciais e industriais, com seu governo genocida. De outro está a imensa maioria do povo pobre e dos trabalhadores.
Desde o início desta crise o senhor Bolsonaro e sua trupe menosprezaram e ridicularizaram o perigo da doença e o que chamam de “exageros da mídia”. Por conta disso, a rede federal de saúde sequer foi mobilizada como deveria. Não há testes em massa, respiradores e nem EPI para os profissionais nos hospitais e postos médicos.
No meio do caminho, o irresponsável demite o ministro da Saúde e sai às ruas, contrariando as orientações da OMS e dos governos estaduais.
Todos os dias, o próprio Presidente propõe a volta ao trabalho, admitindo que “alguns vão morrer”. “E daí? Lamento. O que você quer que eu faça?”, diz o mandatário do país de forma desrespeitosa para com o povo que o elegeu.
O ministro da Economia, que se apressou a entregar R$1,2 trilhão aos bancos, teve a cara de pau de oferecer um auxílio emergencial de R$200,00 aos desempregados e mais necessitados. Não fosse o Congresso Nacional, sequer os R$600,00 seriam aprovados.
Assim mesmo, o pagamento desse auxílio se transformou numa humilhação para os milhões de brasileiros, em filas intermináveis que só servem para ampliar o contágio da doença. Muitos não conseguem nem receber, por conta de detalhes burocráticos.
Para os trabalhadores o governo Bolsonaro oferece complementação salarial abaixo das perdas impostas pelas empresas. Aos servidores públicos o governo acena com o congelamento de mais um ano e meio de seus salários, já congelados há quatro anos. E ainda tem a coragem de ofender o funcionalismo, como se todos estivessem em casa, “com a geladeira cheia”.
Em vez de respeitar os trabalhadores e garantir condições mínimas de vida, este mesmo governo aproveita que as ruas estão vazias para impor medidas ainda mais duras, fazendo da pandemia um laboratório da precarização do trabalho.
Diante desse quadro, a ASSIBGE Sindicato Nacional reforça seu compromisso com alguns pontos fundamentais neste 1 de maio:
. Em defesa da vida! Pela manutenção do isolamento social!
. Pela manutenção dos empregos!
. Em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores!
. Trabalhador solidário com trabalhador!
Executiva Nacional da ASSIBGE – Sindicato Nacional
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.