A Executiva Nacional da ASSIBGE-SN participou de reunião com representantes de entidades para tratar do Censo Agropecuário. O encontro ocorreu em 11 de abril, na Sede do Sindicato, no Rio, e contou com a participação da Associação dos Servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária/RJ (ASSINCRA/RJ), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). A Associação de Geógrafos Brasileiros (AGB) também foi convidada, mas seu representante no Rio não pode comparecer.
Na reunião ficou evidente aos participantes que um Censo Agropecuário limitado e com parcos recursos vai priorizar a parcela mais abastada do campo brasileiro, notadamente o agronegócio, minimizando o papel da agricultura familiar, responsável pela produção de alimentos e pela maioria dos empregos no setor rural. Há ainda questionamentos sobre a origem dos recursos liberados para o Censo.
Depois de debater os problemas que envolvem a realização o Censo Agropecuário, nos moldes que o IBGE anunciou, os presentes decidiram elaborar um manifesto conjunto e recolher assinaturas de diversas entidades diretamente interessadas no resultado do Censo. Além disso, serão anunciadas iniciativas, como debates e manifestações públicas conjuntas, com a finalidade de alertar à opinião pública sobre o que um Censo mutilado e reduzido pode representar para a sociedade brasileira.
Reader Interactions
Comentários
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Rudimar Antonio Stefanello diz
Deixem de palhaçada. O INCRA não atualiza sequer os dados deles, e quanto a atender a Pastoral, MST, etc, acho que não se deve dispor de dinheiro público para atender demandas particulares.
Trabalhei em Censos Agropecuários desde 1980, e sei a dificuldade de coleta dos questionários até então utilizados, e participei também em 2009 da PCADE, (Censo Experimental) e mais uma vez sugeri a redução do questionário e exclusão de valores (Receitas e Despesas) dos questionários, e até acho que ainda tem alguns quesitos que deveriam ser suprimidos.
A maioria que critica o questionário proposto é porque nunca coletou nenhum até hoje ou não acompanhou a coleta em nenhum estabelecimento agropecuário para saber das dificuldades que o Recenseador tem na obtenção dos dados.