Existe risco concreto do governo querer “conduzir” o programa de trabalho do IBGE e do IPEA, pois não foram poucas as declarações do Ministro da Economia e do próprio presidente da República desqualificando ambas as instituições.
No caso específico do IBGE, o governo pode estabelecer pressões para, por exemplo, o órgão mudar metodologias que geram dados que incomodam ao governo, como a taxa de desocupação e a inflação. Indicadores que mostram o fracasso persistente da política econômica ultraliberal implementada até agora.
Coerente com essa postura, tem sido imposta ao IBGE uma política de estrangulamento, sem concurso e com cada vez menos pessoal efetivo, com o censo cortado em perguntas e em orçamento em quase 40%, o que vai levar a ter muito menos pesquisadores na coleta em 2022.
A missão do IBGE segue sendo retratar a realidade, doa a quem doer. Os servidores estarão alertas e resistirão a quaisquer tentativas de intervenção.
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