Na manhã do dia 2 de janeiro, por meio do diário oficial, o IBGE tomou ciência da exoneração de seu presidente, Eduardo Rios Neto, bem como da Diretora-Executiva e da Diretora-Executiva-Adjunta deixando vaga a cadeia sucessória do instituto.
O mandato de Rios Neto a frente do IBGE compõe um conjunto com o de sua sucessora Susana Guerra. Ambos externos ao IBGE e nomeados por Bolsonaro/Guedes presidiram um período de precarização, desmonte e desprestígio do Instituto. O mais triste legado dessa gestão é um Censo Demográfico incompleto e atrasado – responsabilidade direta desses dois dirigentes.
Consoante com o sentimento de reconstrução nacional existente no Brasil nesse momento, a ASSIBGE espera que o novo governo nomeie uma nova direção comprometida com o diálogo com a sociedade civil e com os trabalhadores do IBGE, e disposta a realizar um balanço crítico da condução do Censo Demográfico e das medidas precarizantes da antiga direção – primeiro passo para retirar o IBGE da profunda crise na qual se encontra.
Esperamos também que a triste situação do Censo Demográfico seja tomada como oportunidade política para fortalecer legal e institucionalmente o IBGE, reafirmando sua autonomia técnica, o que passa pelo estabelecimento de uma nova forma de formação da direção do Instituto – ao nosso ver os cargos deveriam ser preenchidos por meio de processos democráticos, nos moldes do que já ocorre em Universidades Federais e outras instituições produtoras de dados, como a Fiocruz.
Por autonomia técnica, por processos democráticos, Assibge em defesa do IBGE e de nossos trabalhadores e trabalhadoras!
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.