Os resultados da eleição para cargos no conselho curador e fiscal da fundação de direito privado “IBGE+”, divulgados ontem na Intranet do IBGE, demonstram, novamente, o amplo repúdio dos IBGEanos à fundação de direito privado e ao projeto de privatista e precarizante que ela representa. A ampla maioria dos servidores (81%) escolheu não participar, atendendo ao chamado de diversos núcleos sindicais de base, que indicavam o boicote à votação.
Entre servidores que optaram por votar, também prevaleceu a expressão de repúdio à fundação, com a eleição, tanto para o conselho curador como para o conselho fiscal, de servidoras que se manifestaram publicamente contrárias à fundação. Em ambos os casos, as servidoras contrárias à fundação tiveram ampla vantagem sobre os segundos colocados.
A ASSIBGE Sindicato Nacional não adotou nenhum posicionamento institucional nacional em relação ao pleito – uma vez que a eleição em questão foi conduzida de forma apressada e mal-ajambrada, como tem sido a prática na gestão atual do IBGE, não houve tempo hábil para que a categoria pudesse debater a questão adequadamente e entre os núcleos de base houve posições divergentes. Dessa forma, a Executiva Nacional da ASSIBGE-SN considera legítima ambas as formas de expressar repúdio à fundação de direito privado.
Cabe lembrar que o estatuto da fundação de direito privado reserva aos servidores apenas uma vaga entre os 5 membros do conselho curador, estando a maioria do conselho reservada aos indicados pelo presidente do IBGE, não havendo, portanto, qualquer espaço de democracia real nessa instituição.
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