Na abertura do Seminário “O Serviço Público que queremos”, organizado pelo Fonacate e Fonasefe, em Brasília, representantes das centrais sindicais condenaram o golpe de 2016 e as medidas adotadas contra os direitos dos trabalhadores pelo governo Temer. Houve unanimidade entre os dirigentes das centrais de que o país está diante do maior ataque já realizado contra a classe trabalhadora, o que requer a unidade para resistir e lutar.
O representante da CUT destacou que vivemos sob um estado de exceção, onde pode tudo. Citou as privatizações do saneamento básico, a entrega do Pré-Sal a grupos estrangeiros e sugeriu uma agenda dos trabalhadores no processo eleitoral, que inclui a participação do ex-presidente Lula no pleito.
Já a CTB levou para o debate um chamado à unidade dos diversos setores e centrais sindicais. “Nossa primeira tarefa é ganhar as eleições 2018, para colocar o nosso país no rumo da democracia”, afirmou o representante da CTB.
O dirigente da Pública (central do servidor) lembrou que quando a Reforma da Previdência entrou em debate no Congresso Nacional, o movimento sindical conseguiu dialogar com a sociedade e as diversas entidades do funcionalismo tiveram papel decisivo para barrar a proposta do governo Temer.
A Intersindical propôs uma aproximação entre o funcionalismo e o povo usuário dos serviços públicos. De acordo com a representante da central, é preciso ouvir, escutar mais, ser permeável à participação popular.
Mesmo divergindo do uso das eleições como instrumento principal do cenário político brasileiro, o representante da CSP Conlutas sugeriu um programa de reivindicações dos trabalhadores, sem o qual os candidatos não poderiam ser apoiados pelas centrais.
Apesar das diferentes proposta de como encarar o momento que o país atravessa, todas as centrais presentes ao debate de conjuntura do Seminário fizeram um diagnóstico parecido, apontando para a unidade de ação das entidades e da classe trabalhadora, frente à ofensiva das classes dominantes, do governo Temer e do patronato.
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