A Reunião de Direção Nacional da ASSIBGE (DN), realizada entre 4 e 7 de junho, aprovou indicativo de greve a partir de 01 de julho. Desde então, assembleias foram realizadas em todos os núcleos sindicais, e da efervescência da mobilização se alcançou o agendamento de uma próxima rodada da mesa de negociação, no dia 27 deste mês.
Diante do novo fato e considerando a complexa quadra conjuntural que se precipita às categorias já em greve, a Executiva Nacional orientou aos Núcleos por realinhamento de datas, pelo qual se recomenda que o aceite ou rejeição do que vier a ser proposto pelo governo no dia 27 se dê em assembleias realizadas entre 02 e 04 de julho, e, havendo rejeição, com deflagração da greve no dia 12.
Tal encaminhamento busca demonstrar que por parte do sindicato há disposição em esgotar o processo negocial, conforme assentado no termo de compromisso que, após aprovado nas assembleias, assegurou o reajuste dos benefícios em 2024. E a um só tempo, atua na ressonância da pauta e no fortalecimento da construção de um movimento paredista, caso a mesa de negociação não se mostre realmente efetiva e suficiente.
Não obstante, desde que observado o prazo legal de 72 horas para se comunicar ao empregador, é legítimo aos núcleos, considerando a mobilização local e respeitado o amplo debate assemblear, reafirmar o calendário inicial, como já se deu com os núcleos Goiás e SES/RJ, onde foi aprovada a deflagração da greve para o dia 01 de julho. Outros 21 núcleos já se encontram em Estado de Greve em um avanço irrefreável da mobilização.
É evidente, porém, que mesmo aqueles que já tiveram a greve aprovada seguem atentos e deliberarão a respeito da proposta a ser recebida do governo amanhã (27 de junho) em reunião agendada para às 11h, horário em que a Executiva Nacional orienta aos Núcleos pela realização de uma vigília em todas as unidades de trabalho, no sentido de ampliar o diálogo e seguir elevando o grau de mobilização.
A pauta levada pela ASSIBGE ao governo, e sobre a qual se espera uma resposta concreta no dia 27 de junho, supera as questões tidas como corporativistas, e, com vistas à manutenção e ao fortalecimento do IBGE, pede não só pela reestruturação de carreira, com integralização da GDIBGE e patamares de ciclo de gestão, como também por um refreamento do processo precarizante, com fixação do piso do nível intermediário como valor mínimo da remuneração do contrato temporário, dentre outros pontos, isso sem prejuízo de reivindicações que, por extrapolar o escopo da mesa de negociação, são encampadas em outras frentes.
É preciso, portanto, seguir no trabalho de conscientização e mobilização de cada um dos trabalhadores, sem retroceder numa pauta construída após um amplo processo de debate por todo o país. Reivindicamos para o IBGE o reconhecimento de seu papel no planejamento do Estado Brasileiro, lado a lado ao Ipea, e, caso haja por parte do governo proposta que não alcance tal patamar, mas que seja vista como aceitável na conjuntura que nos encontramos, sua aceitação para o curto e médio prazo não representará a renúncia à nossa pauta tão justa e necessária.
Saudações sindicais!
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.