Pouco mais da metade das mulheres com filhos de até três anos conseguia trabalhar em 2019, enquanto a presença de filhos não impedia que os homens estivessem mais presentes no mercado de trabalho.
Segundo o estudo Estatísticas de Gênero (IBGE), divulgado em 2021, apenas 54,6% das mães de 25 a 49 anos que têm crianças de até três anos em casa estão empregadas. A maternidade das mulheres negras, nesta mesma situação, representa uma taxa ainda menor: menos da metade está no mercado de trabalho, 49,7%.
Também no levantamento do IBGE ficou constatado que as mulheres dedicam-se aos afazeres domésticos 21,4 horas por semana , enquanto os homens dedicam apenas 11 horas do tempo para as tarefas do lar. Os resultados refletem uma análise de 2019, ou seja, a situação é ainda pior, a pandemia escancarou a sobrecarga que a mulher sofre quando falamos de afazeres do lar e cuidados.
Os dados mostram a realidade de 2019, e a sobrecarga de trabalho já foi bem mais pesada. Conseguimos avançar, mas ainda há muito a fazer. Então, mais do que desejar feliz dia das mães, precisamos refletir sobre o que acontece com uma mulher quando ela é co-responsável por uma criança no mundo. Mulheres são isoladas do universo do trabalho por conta de seus filhos, homens são aplaudidos pelo mesmo motivo. Que a sociedade seja acolhedora e a maternidade, cada vez mais leve. Cuidado materno é trabalho! Parabéns para todas nossas mães, sejam elas trabalhadoras ativas ou trabalhadoras aposentadas.
Ser mãe é um ato político.
Saudações sindicais,
ASSIBGE Sindicato Nacional
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