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ASSIBGE – Sindicato Nacional

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35 anos de luta pelos trabalhadores do IBGE

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Comunidade Acadêmica recebe com preocupação a notícia da indicação de novo presidente do IBGE

5 de julho de 2016 • Henrique Acker

A notícia da indicação de Paulo Rabello de Castro para a presidência do IBGE é extremamente preocupante. O indicado, amigo do presidente interino, é vinculado a interesses privados, em especial do mercado financeiro. Trata-se de diretor presidente da SR Rating e fundador da RC Consultores, empresas de consultoria financeira que elaboram projeções que são vendidas no mercado, utilizando, dentre outros, dados do IBGE.

As informações produzidas e disponibilizadas pelo IBGE são intensamente utilizadas em pesquisas no Brasil e no exterior – pesquisas de comparabilidade internacional – por sua reconhecida qualidade e excelência. Necessário lembrar que as pesquisas do IBGE sempre nos colocaram em igualdade de condições, sob o ponto de vista da qualidade e confiabilidade dos dados, com os pesquisadores dos países centrais.

Com mais de 220 publicações ao ano, o IBGE produz uma verdadeira radiografia do país, em sua diversidade de aspectos (econômicos, sociais, demográficos, políticos, geocientíficos) com dados que são utilizados desde a formulação das políticas macroeconômicas ao cálculo do fator previdenciário, ou para a distribuição de recursos dos royalties do petróleo, passando pela distribuição do FPE e do FPM, tão essenciais em particular aos pequenos municípios.

Assim, o IBGE representa nossa sociedade de forma universal, e não pode ser apropriado por grupos com interesses específicos e pontuais. Antes, deve ser dotado com autonomia, sem qualquer influência ou submissão a interesses de governos ou do mercado, como forma de garantir sua imparcialidade e a confiabilidade dos dados que produz.

Em sua trajetória, o IBGE sempre foi presidido por professores e profissionais vinculados às universidades ou órgãos públicos. As últimas gestões foram de servidores públicos, ainda indicados pelos governos, mas servidores da carreira. Estamos diante de, no mínimo, um conflito de interesses, uma vez que o acesso privilegiado aos dados do IBGE será concedido a uma pessoa ligada diretamente à iniciativa privada. E conflito de interesses é algo detectado a priori: antes que aconteça um problema, é preciso evitá-lo. Se consolidada essa indicação, sempre restaria viva na sociedade a desconfiança sobre a credibilidade institucional.

A diferenciação do IBGE em relação a institutos de mercado reside, justamente, na qualidade e a independência a interesses particulares construídas ao longo dos seus 80 anos de história, assegurada, em grande medida, pela especialização, conhecimento acumulado e compromisso de seu corpo de funcionários. A atual indicação prejudica a imagem de isenção do Instituto. A autonomia técnica do IBGE é imprescindível para manutenção de sua credibilidade, a fim de que se evite situações como as que ocorreram recentemente na Argentina.

É preciso refletir sobre as condições do órgão e unir a comunidade acadêmica em torno de sua defesa e fortalecimento. Atualmente, 44% dos servidores tem 31 anos ou mais de casa, 1/3 recebe abono permanência (já pode pedir aposentadoria), novos servidores entram nas poucas vagas abertas por concurso público (só em 2014 houve quase 600 aposentadorias) e herdarão a responsabilidade de seguir com a história do IBGE com mais da metade da força de trabalho composta por trabalhadores temporários e instáveis. Um dos bens mais valiosos do IBGE é sua cultura institucional, construída ao longo dos 80 anos por gerações de trabalhadores dedicados à missão do órgão. Em momentos cruciais como esse é de fundamental importância que esta cultura possa ser transmitida e reavivada. Apoiamos a demanda dos trabalhadores pela realização de um Congresso Institucional, no qual o futuro do IBGE possa ser discutido ampla e democraticamente com os servidores do órgão.

Ademais, no caminho para consolidar a autonomia técnica do instituto, a sociedade brasileira e os trabalhadores do IBGE merecem que o governo trate com respeito a reivindicação histórica de que possam eleger o Presidente da instituição para um mandato fixo. Essa reivindicação traduz os anseios da sociedade democrática para que não paire sobre as instituições públicas suspeição alguma sobre sua credibilidade.

Assinam este Manifesto:

Indivíduos

  1. Lívio Sansone / Dep de Antropologia e Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) / UFBA
  2. Lígia Bellini / Historiadora / UFBA
  3. Adalberto Cardoso / sociólogo / professor do IESP-UERJ
  4. Meirilene Rodrigues Maia/ geógrafa/ UESB
  5. Íris Gomes dos Santos / Cientista Política/ Pesquisadora UFBA
  6. Sonia Sampaio / Educadora / UFBA
  7. João Feres Júnior / Cientista Social / Instituto de Estudos Sociais e Políticos – IESP/UERJ
  8. Marcelo Badaró Mattos – Professor do Departamento de História da UFF
  9. Maria Luzia Miranda Álvares / Cientista Política / Universidade Federal do Pará
  10. Annibal Muniz Silvany Neto/Médico Sanitarista/UFBA
  11. Ricardo Salles, Historiador, UNIRIO.
  12. Antonio Augusto Passos Videira, professor de filosofia da UERJ
  13. Geraldo Moreira Prado / Historiador / UFRJ
  14. Edilson Fortuna de Moradillo/Químico/Instituto de Química da Ufba
  15. Frederic Vandenberghe / Sociólogo / IESP/UERJ
  16. Fátima Tavares / antropóloga/ UFBA
  17. Antonio Sérgio Alfredo Guimarães / Departamento de Sociologia / USP
  18. José Geraldo Silveira Bueno / Pedagogo / PUC-SP
  19. Edward MacRae / antropólogo / UFBA
  20. Silke Weber / socióloga / UFPE
  21. Celeste Maria Philigret / Faculdade de Economia / UFBA
  22. Georgina Gonçalves dos Santos / Assistente Social / Vice-reitora UFRB
  23. Maria Rosa Lombardi / socióloga / Fundação Carlos Chagas
  24. Edleusa Nery Garrido / Psicóloga / UNEB
  25. Sueli Goulart / Professora em Administração / UFRGS
  26. Virgínia Fontes / historiadora / UFF e Fiocruz
  27. Susana Maria Veleda da Silva / Geografia / Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
  28. Ruy Braga / Sociólogo / USP
  29. Maria Cristina C. L. Pereira/professora/FFLCH-USP
  30. Marta Inez Medeiros Marques / Geografia / FFLCH-USP
  31. Ana Elisabeth Rodrigues Faro/ Socióloga/UFBA
  32. Homero Santiago / professor do departamento de filosofia / FFLCH-USP
  33. Lucio José de Sá Leitão Agra / Cecult / UFRB
  34. Sérgio Lúcio Garcia Ramos / Filósofo / ENSP / Fiocruz
  35. José Maurício Domingues / Sociólogo / IESP-UERJ
  36. Luís César Oliva / Filósofo / FFLCH-USP
  37. Pietro Caldeirini Aruto / Economista / IE-UNICAMP
  38. Maik Antunes/Professor/Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais.
  39. Adma Muhana, docente de Literatura Portuguesa, FFLCH-USP
  40. Laura Graziela Gomes / Antropóloga / UFF
  41. Fernanda Aguiar Carneiro Martins / Cinema e Audiovisual /UFRB
  42. Graça Druck / Socióloga / UFBA
  43. Paulo Fontes/Historiador/CPDOC-FGV
  44. Marcelo Embiruçu / Engenheiro / UFBA
  45. Guilherme Dornelas Camara/ Administração/ UFRGS
  46. Márcio André Fernandes Martins/ Professor DE / UFBA.
  47. Ricardo Dathein/Economista/UFRGS
  48. Ieda Maria Alves – Profa. Titular – FFLCH-USP.
  49. Luiz Antonio Machado da Silva / cientista social / IESP-UERJ
  50. Remo Mutzenberg/Sociólogo/UFPE
  51. Luiz Augusto E. Faria / Economista / UFRGS
  52. Camila Furlanetti Borges /professora-pesquisadora / FIOCRUZ
  53. Marcia de Paula Leite / Socióloga / UNICAMP
  54. Valter Roberto Silvério/Sociólogo/UFSCar
  55. Humberto Miranda / economista / UNICAMP
  56. Manuel Jauará / Sociólogo / UFSJ
  57. Floriano Godinho de Oliveira / Geógrafo / UFRJ
  58. Sean Purdy / Historiador / USP
  59. Danielle Ribeiro de Moraes / médica sanitarista / EPSJV/FIOCRUZ
  60. Renata Rocha / Pesquisadora em Políticas Culturais/CULT-UFBA
  61. Camila Camargo Vieira/ antropóloga/ Nucleo de Artes Afrobrasileiras-USP
  62. Ruda Ricci / Cientista Social / Instituto Cultiva
  63. Ana Luíza Matos de Oliveira / Economista / IE-Unicamp
  64. Jacques-Marie François Depelchin / historiador / UEFS
  65. Deise Mancebo / Psicóloga / UERJ
  66. Laura Cristina Simões Viana / Engenheira / Fiocruz
  67. Iris Kantor / Historiadora / USP
  68. Victoria Puntriano Zuniga de Melo / Ciências Sociais/ Unicamp
  69. Liliana Rolfsen Petrilli Segnini / Cientista Social / Unicamp
  70. Antonio Albino Canelas Rubim / Sociólogo / UFBA
  71. Joannes Paulus Silva Forte / Sociólogo / UNICAMP
  72. Lylia da Silva Guedes Galetti / Historiadora – UFMT
  73. Cristina Massadar Morel / Psicóloga / Fiocruz
  74. Iolanda de Oliveira / Educação / UFF
  75. Paulo Roberto Cardoso da Silveira / Dr. Ciências Humanas / UNIPAMPA
  76. Denise Dias Barros, Terapeuta Ocupacional, USP
  77. Jairo da Matta, Sociólogo, FIOCRUZ
  78. Teresa Peixoto Faria/Arquiteta/UENF
  79. Fernanda Ma. Gonçalves Almeida / pesquisadora da UFBA.
  80. Gloria Meyberg Nunes Costa / Engenheira / UFBA
  81. Paulo Alberto dos Santos Vieira / Economista / UEMT
  82. Elena O’Neill / Historiadora da Arte / UERJ
  83. Adriana Abelhão / Economista / Biblioteca Popular de Itaquaciara Dona Nélida
  84. Vanicléia Silva Santos – Historiadora-UFMG
  85. Gleisse Kelly Meneses Nunes, Bióloga, Fundação Oswaldo Cruz
  86. João Tude / Administrador / UFBA
  87. Jaenes miranda alves/ Economista /UESC
  88. Eliany Cristina Ortiz Funari / Historiadora da Arte / USP
  89. Carlos José Espindola / Geografia / UFSC)
  90. Ricardo Antunes / Sociólogo / UNICAMP
  91. Ilara Hammerli Sozzi de Moraes / Pesquisadora / Fiocruz
  92. Angélica Baptista Silva / Pesquisadora / FIOCRUZ
  93. Maria Lúcia Vannuchi / Socióloga / UFU
  94. Clician do Couto Oliveira / Economista / UFF (IBGE)
  95. Luiz Sergio Cardoso / Analista de Suporte / IBGE
  96. Fausto Brito / Demógrafo / CEDEPLAR-UFMG
  97. Francisco Mateus Alves de Morais Ferreira / Medicina / UFPI
  98. Antônio Carlos de Souza Lima / Antropologia / Museu Nacional
  99. Pablo Ortellado/ filósofo /USP
  100. Paulo Passarinho / Economista / UFRJ
  101. José Carlos Rodrigues / Dep. Comunicação Social PUC/RJ

 

 

Coletivos (*)

 

  1. Grupo Interdisciplinar de Estudos Sobre Psicoativos / UFBA
  2. Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura / UFBA
  3. Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana – PPFH/UERJ
  4. Centro Acadêmico Estrabão do curso de licenciatura em geografia do IFSP
  5. ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva
  6. ABA – Associação Brasileira de Antropologia

 

(*) O Conselho Federal de Economia também se posicionou publicamente contra a indicação de Paulo Rabello de Castro para a Presidência do IBGE.

 

 

 

 

 

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