A A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) enviou ao presidente Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Paulo Rabello de Castro, um ofício no qual manifesta “preocupação [com] as notícias sobre os cortes no questionário do Censo Agropecuário”.
No texto, que é assinado pela secretária-executiva Marília Leão, o Consea informa que “a agricultura familiar produz 70% dos alimentos diversificados que chegam à mesa dos brasileiros e gera a maioria dos empregos rurais”.
Para o Consea, “a falta de dados atualizados sobre a agricultura familiar e os detalhamentos sobre as suas práticas agrícolas, situação fundiária e características do produtor como ‘cor ou raça’, dentre outros, constitui-se em retrocesso e invisibiliza o segmento no cenário das políticas públicas”.
De acordo com o órgão, a retirada desses itens trará prejuízos para a caracterização da agricultura familiar em seus aspectos essenciais, “pois comprometerão a formulação, implementação e avaliação de políticas afins”, pois “os dados do Censo Agrícola são fundamentais para subsidiar o monitoramento dos Planos Nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional e de Agroecologia e Produção Orgânica, dentre outros e causarão a interrupção das séries históricas nacionais e internacionais que vêm sendo construídas nos últimos anos”.
O Consea também afirma que “o corte de quesitos sobre o uso dos agrotóxicos também é fato grave porque impactará a atuação de diversos órgãos públicos e organizações da sociedade civil que monitoram os seus efeitos nocivos na saúde humana, animal e ambiental”.
Fonte: Ascom/Consea
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