Os sindicatos abaixo assinados dos Institutos Nacionais de Estatística da Região, membros plenos de nossas sociedades, colocam-se em defesa da Saúde Pública e, portanto, favoráveis a todas as medidas promovidas pelos órgãos estatais em favor de salvaguardar e preservar a saúde de nossos cidadãos.
No quadro da pandemia global que nos afeta, as instituições às quais pertencemos adotaram medidas excepcionais que modificam as formas e procedimentos usuais de trabalho. Em particular, as operações de campo, ou seja, as pesquisas de informações realizadas pessoalmente, pois apresentam um risco potencial maior para todos os trabalhadores que realizam essas tarefas.
Recursos como teletrabalho, pesquisas por telefone e na internet são ferramentas a serem adotadas para evitar a exposição dos trabalhadores dos institutos de estatística. No entanto, queremos advertir que, uma vez superada essa situação de crise sanitária, as metodologias em vigor no momento anterior à sua modificação devem ser respeitadas, sempre de acordo com os costumes e usos estatístico-metodológicos de cada um dos países.
No caso de uma modificação, ela deve ser realizada, necessariamente, com a participação dos trabalhadores, que formam a equipe técnica de cada instituto, podendo ser estendida a uma discussão mais ampla e plural com todos os usuários dos sistemas estatísticos e sem deixar de observar a preservação, acima de tudo, da qualidade das estatísticas públicas e das condições de trabalho de todos os trabalhadores.
Qualquer atualização metodológica envolve tempo de pesquisa, várias instâncias para definir sua validade e que não afete a série histórica dos índices. Por sua vez, qualquer modificação na maneira de trabalhar deve ser discutida com os trabalhadores e seus representantes sindicais.
Continuamos a defender a produção pública de estatística, porque ela incorpora valor nos processos de tomada de decisão para a definição de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável a partir dos aspectos sociais, culturais, econômicos e ambientais.
Superar a crise do coronavírus com seu impacto na Saúde Pública e suas dramáticas conseqüências econômicas no mercado de trabalho, com a perda de empregos e uma maior precariedade dos vínculos trabalhistas, será possível com MAIS E MELHOR ESTADO, proporcionando os recursos necessários para avançar em políticas sociais inclusivas.
Nossos sindicatos defendem que a preservação do bem comum só é compreendida quando reconhecemos o outro em sua dignidade como pessoa e em suas necessidades básicas: direito à vida, alimentação, saúde, moradia, educação e trabalho decente.
Cuidemo-nos todos e todas!!
Sindicato dos Trabalhadores do INEI – STINE (PERU), ASSIBGE-SN (BRASIL) , Líder Nacional Blanca Salazar ANFINE (CHILE), As. EE C, Associação de Empregados Estatísticos e Censitários (URUGUAI), Comissão da União ATE INDEC (ARGENTINA)
* Confira, em anexo, a declaração em espanhol
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