O Dia Internacional da Mulher foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, para lembrar as conquistas sociais, econômicas e políticas das mulheres. Muito antes, no entanto, essa batalha por igualdade teve outros marcos, anteriores até mesmo à morte das 130 operárias no incêndio, quando teciam um pano lilás, numa tecelagem nova-iorquina, em 1911, que marcou as lutas feministas no século XX. As organizações feministas já eram bastante atuantes desde meados do século XIX.
A liderança do partido socialista alemão, Clara Zetkin, foi a mulher responsável pela celebração da data pela primeira vez, em 1911. Em 1920, a data foi mudada para o 8 de março em memória das mulheres russas que marcharam em 1917 por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917. Em 1975, a Organização das Nações Unidas ratificou a data que, hoje, é lembrada no mundo inteiro.
No Brasil, só em 1932 a Constituição assegurou o voto feminino. Em 1985, o Brasil ganhou sua primeira delegacia da mulher. Há, sem dúvida, muito por fazer. As mulheres ainda ganham menos que os homens, estão menos presentes em cargos de liderança, exercem a dupla jornada e, em pleno 2018, são figuras raras no primeiro escalão do Governo Federal, e ainda são vítimas de violência.
Nesse dia 8 de março de 2018, é também o dia de luta dos ibgeanos, em defesa da reestruturação da carreira, contra o congelamento de salários e orçamento federal, por concursos públicos que substituam aposentadorias e mão de obra temporária e, enquanto tivermos esse tipo de contratação para trabalhos contínuos, que os trabalhadores temporários tenham direitos sociais e salariais dignos.
Pensar numa sociedade democrática, no serviço público cidadão, significa participação das pessoas na vida e decisão dos seus processos, não só de escolha parlamentar, mas na construção cotidiana de novas relações de poder, onde a população e os trabalhadores sejam chamados a definir os planejamentos estratégicos dos órgãos públicos e que haja um controle em fóruns democráticos, internos e externos.
Pensar numa sociedade democrática em que homens e mulheres sejam tratados de igual para igual, significa dar as condições para que mulheres estudem, trabalhem e recebam a mesma remuneração pela mesma tarefa (creches, divisão das tarefas do lar, etc), que não haja discriminação pela cor, orientação sexual ou gênero. Que independente de concordar ou não, que a humanidade se respeite. Que mulheres não sejam vítimas de nenhuma violência, seja física, sexual, psicológica ou econômica.
Assim, os núcleos da ASSIBGE-SN, no Rio de Janeiro, convocam os trabalhadores para participar das atividades comemorativas e de lutas das mulheres e reforçar as bandeiras de lutas dos ibgeanos, neste dia em que a direção do nosso sindicato estará em Brasília, em reunião tripartite – ASSIBGE-SN, IBGE E GOVERNO, debatendo assuntos do interesse de nossa categoria.
Vamos nos mobilizar, na construção de um sindicato participativo, de uma sociedade democrática, para enfrentar os desafios da campanha salarial do funcionalismo e lutar pelas reivindicações específicas dos ibgeanos, além de reforçar os laços de bandeiras históricas das mulheres.
Núcleo Sindical Av. Chile
Núcleo Sindical General Canabarro
Núcleo Sindical Dipeq/RJ
Núcleo Sindical Parada de Lucas
Núcleo Sindical Sede
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