O cenário atual da pandemia no Brasil é preocupante. A curva de contaminação está subindo e, ainda, há a expectativa de que as aglomerações descontroladas no réveillon aumentem mais os números de vítimas da Covid-19. É em meio a essa realidade que o Ministério da Educação manteve o seu calendário para realização das provas do Enem. São mais de 5 milhões de inscritos, que realizarão provas presenciais em todo o Brasil nos dias 17 e 24 deste mês.
Entidades de estudantes e a Defensoria Pública da União, apoiados por especialistas, já demonstraram preocupação com os riscos aos quais os candidatos estarão expostos. Essas entidades, inclusive, entraram com ação na Justiça, questionando a segurança sanitária para realização das provas e solicitando seu adiamento.
Em meados de maio de 2020, quando a prova foi adiada do início de novembro do ano passado para o final de janeiro deste ano, os números da pandemia já eram alarmantes, mas ainda distantes do cenário que temos agora. Ao longo dos últimos meses, representantes dos estudantes buscaram meios para debater sobre a situação e definir uma data para o exame que fosse mais condizente com a realidade da pandemia. Afinal, além dos riscos do coronavírus em si, a maior parte dos estudantes das escolas públicas em todo o país tiveram seu ano letivo prejudicado.
No entanto, o governo se negou a dialogar com as entidades representativas dos estudantes durante todo esse tempo. Agora, a uma semana da prova, só nos resta aguardar e torcer para que o exame seja bem aplicado e que não traga prejuízos tanto para a saúde quanto para o futuro dos nossos estudantes.
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