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‘Estamos na medula’, diz presidente do IBGE

26 de setembro de 2018 • Henrique Acker

O IBGE está encolhendo. Já perdeu quase 40% de seus funcionários nos últimos oito anos. Até o fim de 2018, serão 4.900 servidores para dar conta de todas as estatísticas oficiais do país, instrumentos indispensáveis para balizar as políticas públicas, da fixação da taxa de juros até o tamanho da rede escolar e de saúde. Roberto Olinto, presidente do Instituto, diz que já passou da fase de chorar por pessoal.

— Não temos mais gordura para queimar. Passamos do osso, estamos trabalhando na medula — diz Olinto.

O IBGE é responsável por calcular o Produto Interno Bruto (PIB), que mede como anda a economia brasileira, a taxa de desemprego, a inflação, a composição e o perfil das famílias, as características dos lares. Por ter salários inferiores a outros órgãos estatais, como Petrobras e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), sofre com a sangria de pessoal.

— Soube hoje (ontem) que perdemos seis funcionários para a Petrobras. Um técnico da Coordenação de Contas Nacionais demora de cinco a dez anos para ser formado. Pedimos a abertura de concurso para contratar 1.800 funcionários, mas ainda não tivemos resposta — afirma Olinto.

Com isso, pesquisas importantes vêm sendo adiadas ou simplesmente deixadas de lado. As contas econômicas ambientais pararam no cálculo inicial do uso da água. O peso econômico das florestas e da energia está à espera de pessoal. Essas estatísticas já foram feitas por países desenvolvidos:

— Se o Brasil entrar na OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que reúne países desenvolvidos), vai haver mais demanda por estatística —alerta Olinto.

Foram adiadas a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar. Num país que convive com mais de 60 mil homicídios por ano, não há certeza se a pesquisa de vitimização será feita no ano que vem. O levantamento sobre o uso do tempo, parâmetro para políticas públicas de educação, saúdee de gênero, corre o risco de ficar na prateleira.

E o número de servidores ainda pode cair drasticamente se todos os 1.750 funcionários hoje em condições de aposentar resolverem deixar o IBGE.

— Se houver uma reforma da Previdência muito ameaçadora, vamos ficar com 3.250 servidores— diz Olinto.

A falta de pessoal obrigou o instituto a fechar oito agências no país. Das 570 existentes, 60 operam com apenas um funcionário:

— Nossa rede está profundamente desfalcada.

Verba ainda insuficiente

Segundo Olinto, o Censo Demográfico, o maior retrato socioeconômico do país, realizado a cada dez anos, está garantido. O custo é de R$ 3 bilhões, sendo que R$ 344 milhões devem ser gastos no ano que vem. No Orçamento da União, a previsão de gastos caiu para R$ 200 milhões, insuficiente para comprar os dispositivos móveis que serão usados pelos 238 mil recenseadores e supervisores na operação que vai investigar as condições de vida de 213 milhões de brasileiros em 71 milhões de domicílios.

— Conseguimos uma emenda parlamentar de R$ 150 milhões para complementar os gastos de 2019. O Censo não está ameaçado, é o IBGE que está ameaçado. —afirmou Olinto.

O presidente do instituto disse que não haverá redução no questionário do Censo e que, pela primeira vez, os quilombolas serão incluídos no levantamento.

O IBGE já deixou de realizar a contagem da população, que atualiza o número de habitantes entre os censos; e a Pesquisa de Orçamentos Familiares, que deveria ter sido feita em 2014, só foi a campo este ano.

 

O Globo – 26/09/2018

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