Só agora, em meados de setembro, chegou ao conhecimento da Executiva Nacional da ASSIBGE-SN que o governo, através do Ministério da Economia, simplesmente suspendeu as negociações sobre reestruturação da carreira dos servidores do IBGE. O documento é de 9 de maio – portanto, tem quatro meses – e até a presente data a Direção do IBGE sequer comunicou a decisão do governo aos trabalhadores.
Lembramos que o debate sobre a carreira foi uma conquista de nossa greve de 2014. No final daquele ano ficou acertada uma proposta entre ASSIBGE-SN e IBGE para a reestruturação da carreira dos servidores do IBGE e a formação de uma comissão tripartite, envolvendo também o então Ministério do Planejamento.
De lá para cá, entre idas e vindas, muito pouca coisa avançou, mas a discussão da carreira estava assegurada e constava na pauta de todas as reuniões entre Sindicato, IBGE e Ministério, criando expectativas na categoria. Na única reunião com a atual Presidente do IBGE, em 28 de março, mais uma vez o Sindicato cobrou a retomada da Comissão Tripartite. O impressionante é que um dos negociadores do governo entrou em contato com o Sindicato, em julho, e sequer mencionou a decisão do governo.
Não se sabe o que é pior: a atitude do governo, suspendendo as negociações sem sequer comunicar a ASSIBGE-SN, ou a da Direção do IBGE, que omitiu o fato dos trabalhadores. Afinal, a Presidente que toda a semana publica cartinhas otimistas dirigidas aos ibgeanos esqueceu de informar a decisão do seu governo? Ou será que o tema é tão secundário que sequer merece a atenção da Direção do IBGE?
Cabe ressaltar que, apesar dos inúmeros ofícios protocolados, faz mais de cinco meses que a Direção do IBGE se nega a agendar reunião com o Sindicato.
Da parte da ASSIBGE-SN reafirmamos a importância da reestruturação da carreira do IBGE, sem o que não pode haver estímulo e reconhecimento efetivo da importância dos seus servidores. Por isso, é vital que a Direção do IBGE se posicione a favor desta que é uma reivindicação fundamental para toda a categoria, cobrando do governo que respeite o acordo firmado com o Sindicato e retome as negociações.
Confira (anexo) a íntegra do comunicado do Ministério da Economia ao IBG
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