Presidente do IBGE confirma sondagem –
O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBG E), Paulo Rabello de Castro, admitiu ontem a possibilidade de lançar-se candidato nas eleições do próximo ano, embora tenha afirmado manter atualmente como único compromisso o posto que ocupa no IBGE. Rabello integra o partido Novo. Segundo conta, em dezembro de 2016 houve uma sondagem do PSC para uma candidatura à Presidência no próximo ano. O acerto entretanto dependeria de uma “compatibilização” entre as principais lideranças do partido, entre as quais o deputado Jair Bolsonaro (RIO) candidato declarado à Presidência.
“Tenho hoje apenas um único compromisso, inalienável, que é o IBGE”, disse. “Acho que o importante é a gente perceber que o Brasil realmente começa a procurar soluções para formar uma equipe nova, que tire o Brasil dessa paralisia, diria antes de mais nada emocional, e passe a ser um país que cresça a 5 ao ano”.
As declarações foram dadas ao Valor após a abertura do 3° Encontro Nacional de Chefes de Agência do IBGE para preparar a realização do Censo Agropecuário 2017, com início em outubro.
Rabello fez questão de exaltar em discurso a presença no evento do presidente Michel Temer, de quem é amigo e a quem prestou homenagens, e defender as reformas do governo.
Às vésperas de completar um ano no cargo, Temer disse se sentir estimulado para seguir com a tarefa de assegurar ao país a tranquilidade de uma economia em crescimento, livre de inflação e com geração de empregos.
Temer estendeu-se em elogios ao trabalho feito pelo IBGE, destacando a relevância do instituto em prover dados confiáveis e verdadeiros, o que classificou como fundamental para a atividade governamental, traçando “diagnóstico preciso” para a economia e formulação de políticas.
Ao tratar da necessidade de transparência na gestão pública, o presidente lembrou ter feito uma revisão da meta fiscal à época em que chegou ao cargo definitivamente e afirmou que o combate ao déficit público traz “tranquilidade”.
Temer criticou a “cultura” de déficit fiscal no país. “A cultura política nacional acostumou-se aos bilhões de déficit como se fosse a coisa mais natural do mundo”, disse. “É como se, na nossa casa, nós tivéssemos bilhões de prejuízo e não nos incomodássemos. O Brasil é a nossa casa, nós devemos nos incomodar”, completou.
Por Bruno Peres
Jornal Valor Econômico
09/05/2017 – 05:00
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