Após diversas denúncias quanto ao desmonte do órgão e as ameaças aos seus projetos impostas pela sua direção, 37 trabalhadores e trabalhadoras do INEP pediram exoneração coletiva no dia 9 de novembro.
Não restou alternativa para a falta de solução para os problemas de gestão da casa, por acreditarem na importância do órgão e por saberem da importância de projetos como o Enem, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e dos censos da Educação Básica e da Educação Superior.
A Assinep já vinha denunciando desde o ano passado que a configuração do instituto que organiza o Enem estaria prejudicando o planejamento de longo prazo da educação brasileira. O caos só piorou e, nas vésperas do exame nacional, 37 servidores pediram exoneração coletiva. A maioria dos que assinaram a carta de exoneração são coordenadores do órgão, os servidores envolvidos desempenham funções cruciais para a realização do exame.
No pedido de dispensa encaminhado à diretoria do Inep, os servidores justificam a saída pela “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima” do órgão. Também mencionam episódios de assédio moral, expostos em uma assembleia realizada na última quinta-feira.
O que ocorre é reflexo do agravamento da crise que se instaurou no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) desde o início do governo de Jair Bolsonaro. O atual presidente Danilo Dupas é acusado pelos funcionários de desmonte do órgão mais importante do MEC, assédio e desconsideração de aspectos técnicos na tomada de decisões.
São inadmissíveis os ataques sofridos pelos servidores e servidoras dos diversos órgãos públicos durante o governo Bolsonaro. Ataques guiados por falta de apreço ao trabalho técnico pautado por conhecimentos científicos e normas de conduta transparentes. Esses ataques, afinados com a proposta de emenda constitucional da reforma administrativa que privatiza e destrói serviços públicos, diminuem a capacidade do estado de estruturar políticas públicas e gerar melhorias para a nossa população, principalmente para os que mais precisam. É um ataque não só aos servidores e aos órgãos envolvidos, é uma afronta ao país.
Nossa total solidariedade e apoio aos servidores do INEP.
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