Núcleo Lucas marca assembleia para terça-feira (10/1), às 14 horas – No dia 26 de dezembro de 2016, por volta das 8:30 horas, o servidor Antonio Pio Rocha Loureiro, lotado na unidade do IBGE em Parada de Lucas (RJ) teve uma parada cardíaca e veio a falecer. Pio tinha 64 anos e estava em horário de trabalho quando passou mal.
Infelizmente este é mais um caso de servidor do IBGE que vem a falecer em seu local de trabalho, sem o devido atendimento médico, sequer de primeiros socorros. Não se trata de um caso isolado, mas de uma consequência da falta de uma política de saúde dentro do IBGE.
A última contratação de pessoas para o setor de saúde no IBGE foi na década de 80. De lá para cá o que se vê é a desativação do atendimento médico, com o desmonte das equipes nas unidades e a aposentadoria dos profissionais da área. O máximo que temos são médicos contratados, que não fazem acompanhamento da saúde dos servidores e atuam apenas na concessão ou negação de atestados.
Do governo Dilma para cá o servidor público federal só tem direito a um serviço que deveria integrar esforços de toda as áreas da saúde pública, mas que não funciona na maioria dos estados. O SIASS é uma casca, não possui profissionais e nem estruturas próprias.
Nos últimos anos a Executiva Nacional da ASSIBGE-SN insistiu para que o IBGE assumisse a ou participasse da administração do plano de saúde para toda a categoria. No entanto, a Direção do IBGE se negou a ajudar a encontrar uma solução. Hoje, pelos dados do próprio IBGE, 60% dos servidores do quadro estão sem cobertura.
Quando um servidor passa mal e necessita de pronto atendimento, tem que ser socorrido e levado pelos próprios colegas a uma unidade de saúde. Ou seja, não há a menor consideração com o principal patrimônio do IBGE, que são seus funcionários.
Desde março de 2016 foi fechado um acordo para a formação de uma Comissão de Saúde permanente, entre representantes do Sindicato e do IBGE. Apesar do acordo firmado, a Executiva Nacional da ASSIBGE-SN cobra a instalação desta Comissão.
No entanto, na última reunião entre Sindicato e IBGE, a Direção do órgão foi categórica em afirmar que não vai instalar a Comissão. O máximo que a Direção do IBGE faz são atendimentos pontuais de prevenção (vacinação). Nem os exames periódicos são feitos por médicos do próprio IBGE. Ou seja, não há um acompanhamento do quadro de saúde dos servidores.
Com um corpo funcional formado por servidores entre 40 e 55 anos (faixa de idade em que são mais comuns os problemas cardíacos e de acidentes vasculares), é evidente que se faz necessário e urgente a retomada de uma estrutura de saúde, capaz de monitorar a situação dos ibgeanos, inclusive os servidores temporários. Isso poderia ter ajudado a salvar a vida do colega de Parada de Lucas.
A Executiva Nacional da ASSIBGE-SN já confirmou presença na assembleia convocada pelo Núcleo Sindical de Parada de Lucas, na terça-feira, 10 de janeiro, às 14 horas. Em função do ocorrido e da urgência de buscar uma solução, a Executiva Nacional da ASSIBGE-SN propõe ao IBGE:
. Retomada de uma política de saúde presente em todas as unidades do IBGE, com a contratação de pessoal especializado (médicos e auxiliares) e estrutura necessária básica de primeiros socorros;
. Instalação imediata da Comissão Nacional de Saúde paritária, com representantes do Sindicato e do IBGE, visando fazer um levantamento urgente da situação dos servidores e das condições necessárias para uma política de saúde no IBGE.
Rogério Alves de Meirelles diz
Prezada Susana bom dia,
Sobre o assunto que será explanado amanhã em Lucas, gostaria de dar uma sugestão:
O QUE MATA O SERVIDOR É A ROTINA SEDENTÁRIA !!!
A Direção precisa autorizar com urgência a compensação do horário até ás 19:00 horas, muitos servidores não residem no mesmo município do seu local de trabalho.
O servidor residindo em município fora do seu local de trabalho ou no mesmo município, porém distante e fazendo uso de transporte deficitário e moroso, tem que ter o Direito de poder compensar a sua jornada de trabalho até ás 19:00 horas, independente de autorização das chefias imediatas.
Presença de Profissionais de Saúde e/ou Ambulâncias e motoristas ajuda, mas não resolve.
O Servidor deve e precisa fazer atividades físicas como caminhadas, hidroginástica, pedalar,academia, etc.
É por esse caminho que se faz a prevenção das doenças e se diminui os riscos de uma ocorrência mais grave.
Principalmente para aqueles que já passaram da casa do 50 anos e com mais de trinta anos de trabalho.
O ideal é a prática de uma dessas atividades física pela manhã, antes de seguir para o trabalho.
Haja vista que após o expediente muitos estão esgotados, principalmente devido ao tempo gasto no trajeto trabalho – residência.
O Servidor é responsável e tem compromisso com a Instituição. Pode perfeitamente ao final do expediente, fechar adequadamente o seu local de trabalho.
Não há justificativa para que isso não ocorra, não há necessidade da presença de chefias imediatas para fechar os locais de trabalho no IBGE.
O encerramento às 17:00 horas é um castigo e impede qualquer tipo de busca para melhores condições de saúde.
Por favor, peço que você realmente leve essa assunto para discussão na Assembléia, é preciso acabar com essa DEMAGOGIA !!!
Abraços !!!
(22) 99812 9439.
Saudações !
Rogério Alves de Meirelles.
SIAPE: 767763
TEC. INFOR. GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS.
IBGE – AGÊNCIA CAMPOS DOS GOYTACAZES / RJ
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