Ainda estamos na terceira semana de outubro e as reclamações sobre a operação do Censo Agro começam a aparecer em todo o Brasil. A primeira delas é a demora de pagamento da ajuda de custo para o deslocamento dos recenseadores, o que dificulta ou impede o trabalho de campo em muitas regiões. Há também relatos de problemas técnicos com os aparelhos DMC de coleta e envio de dados, o que está causando, inclusive, a desistência de alguns.
Outra reclamação, que só confirma o que a ASSIBGE-SN alertara antes do processo seletivo, é sobre o pequeno número de recenseadores para cobrir a quantidade de áreas e subáreas do Censo. Isso tem a ver com a redução de investimentos públicos do governo Temer, já que a previsão inicial para a realização do Censo Agro 2017 era de 80 mil recenseadores e foram contratados apenas 26 mil para dar conta de todo o território nacional.
Os recenseadores que dirigem automóveis e motos também correm riscos por conta própria, já que não há seguro de vida e nem para cobrir possíveis danos de acidentes com os veículos. No Maranhão ocorreu o primeiro acidente com vítima fatal, envolvendo um censitário. Alberth Batista Rodrigues, de 35 anos, faleceu em acidente de moto, quando voltava do trabalho de coleta na região rural do município de Pinheiro, no dia 16 de outubro.
A ASSIBGE-SN solicita aos recenseadores que entrem em contato com o Sindicato Nacional (21) 3575-5757/3575-5758) e com as Coordenações de Núcleos em seus respectivos estados. Os telefones constam do Menu “Contato”, no portal www.assibge.org.br . Também é importante que acompanhem e façam suas denúncias pelo Facebook do Sindicato: Executiva Nacional da Assibge.
Fredson diz
Até hoje não recebi a ajuda de custo para terminar o primeiro setor… Com meus recursos consegui fazer 50% do questionário… Porem meu dinheiro acabou e estou parado esperando essa ajuda de custo… Que por sinal parece que não vai sair nunca. Os responsáveis aqui pela região não sabem informar nada. Quero trabalhar mas o IBGE não me da nenhuma condição para isso.
Henrique Acker diz
Caro censitário, todo Censo é uma operação complicada, que exige inúmeros esforços para mover uma rede enorme de pessoas, tanto dentro do IBGE quanto com os recenseadores. No entanto, você e todos os seus colegas têm toda razão, já que o IBGE tem que oferecer as condições mínimas para a realização do trabalho. Creia que não é só vc que se encontra nessas condições. Isso também tem a ver com a política do governo Temer, que corta e contingencia as verbas destinadas a todos os órgãos públicos. O Sindicato já enviou pedido de reunião com a direção do IBGE e aguardamos para breve a confirmação da data. Pode ter certeza de que o Censo estará na pauta. Pedimos a todos que façam as denúncias do que está acontecendo para que a diretoria do Sindicato possa exigir um posicionamento da direção do IBGE. Obrigado por entrar em contato.