A Executiva Nacional da ASSIBGE-SN considerou produtiva a reunião com o Presidente do IBGE, realizada em 14 de maio. Roberto Olinto demonstrou pleno acordo com a necessidade de levar adiante a reestruturação da carreira dos servidores e a realização imediata de concurso público, para garantir o cumprimento do programa de trabalho da instituição, inclusive o Censo Demográfico de 2020.
Para Olinto, “a situação chegou a um limite”, referindo-se à grave restrição no quadro de pessoal, que terá como consequência a paralisação de parte da produção do IBGE, caso não sejam realizados concursos. De acordo com o Presidente, seu objetivo é levar ao novo ministro do Planejamento um apelo para que a questão da carreira seja encaminhada o mais breve possível e o novo concurso saia até o final do ano, para que os aprovados ingressem no IBGE ainda no início de 2019. Segundo o Presidente, não podemos permitir que o IBGE se transforme em um instituto de censos, a exemplo do que ocorre na maioria dos países da América Latina, resultado da ausência crônica de recursos para os órgãos oficiais de estatística.
Em relação ao Grupo de Trabalho sobre a Carreira (que se reunirá em 22 de maio), a ASSIBGE-SN apontou a necessidade de um levantamento do impacto financeiro tanto da integralização da GDIBGE quanto da nova composição de rubrica do salário da carreira reestruturada (Vencimento Básico + Gratificação de Desempenho Institucional). O IBGE informou que já tem essas projeções, o que será importante para dialogar com a Secretaria de Gestão de Pessoas.
A ASSIBGE-SN também fez uma série de ponderações sobre a necessidade do IBGE levantar as restrições impostas às atividades sindicais desde a greve de 2014. O Presidente do IBGE cedeu, excepcionalmente, a liberação dos delegados temporários ao II Congresso Democrático. A Direção do IBGE também se comprometeu a entrar em contato com as unidades estaduais em que ainda se verifica excesso de rigidez com as atividades promovidas pelos núcleos do Sindicato. Ainda sobre o Congresso, ficou acertado que o IBGE divulgará o evento e sua programação em sua rede interna.
No que diz respeito ao funcionamento do Comitê Gestor de Carreira, cuja eleição ocorreu no início do ano e os eleitos sequer tomaram posse, a Direção informou que ainda está com dificuldade para confirmar seus representantes, mas se comprometeu a fazer isso o quanto antes.
Sobre os temporários, a Direção do IBGE assumiu o compromisso de fazer uma exposição de motivos, visando reforçar a defesa do pagamento da Indenização de Campo, a ser enviada ao Ministério do Planejamento.
A respeito da mudança da unidade de Parada de Lucas, ainda que possa ter ocorrido o erro de não terem sido feitos investimentos adequados, de acordo com a Direção do IBGE o complexo encontra-se atualmente em condições precárias de funcionamento e sem segurança. O custo com a reforma necessária seria de cerca de R$ 20 milhões, que o IBGE não possui.
Diante disso, definiu-se a mudança para o prédio da Avenida Chile. A Direção do IBGE negociou dois andares para acomodar os trabalhadores de Lucas. A proposta é, num futuro próximo, levar os servidores de todas as unidades do Rio de Janeiro para um espaço único. Será aberto um diálogo com os servidores de Lucas, através de sua representação sindical, com a Diretoria de Geociências para tratar de insatisfações acumuladas com todo o processo de mudança.
Vários outros pontos de interesse da categoria foram tratados de forma objetiva na reunião e serão abordados num relatório a ser divulgado, em breve, pelo Sindicato. Foi importante a demonstração de boa vontade do Presidente do IBGE, o que reforça a necessidade de um calendário de reuniões entre as partes daqui por diante.
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