Há semanas a direção do IBGE discute o retorno ao trabalho presencial pleno nas unidades do Instituto. No entanto, como tem feito desde sua posse, a Presidente Susana Guerra nega-se a ouvir os ibgeanos e sua representação sindical.
É evidente que o retorno ao trabalho presencial está cercado de riscos, não só nos órgãos públicos, como também no setor privado, no Brasil e em todo o Mundo. Por isso, desde que soube da formação de um Grupo de Trabalho para analisar a questão, a ASSIBGE-SN solicitou sua participação (Oficio ASN – EN-049 de 13-07-2020).
Casos como o das dezenas de servidores do INSS de Campos/RJ, que foram diagnosticados com Covid-19 logo após retornarem à Agência, são noticiados em outras regiões do país e em outros países todos os dias. Afinal, ainda vivemos sob uma pandemia, que está longe de ser debelada.
A saúde dos servidores do IBGE, assim como dos demais trabalhadores do setor público e privado, não pode ser colocada em risco, tampouco a democracia. O que está em jogo não é o funcionamento de um órgão público, mas, em última instância, a vida de seres humanos e de seus familiares.
Antes de anunciar qualquer medida que represente a retomada do trabalho presencial pleno nas unidades do IBGE, cabe à Direção ouvir os trabalhadores e seu Sindicato.
Exigimos um compromisso formal de determinar retorno ao trabalho presencial somente com condições seguras. Caso o retorno ocorra fora dos parâmetros da OMS, Fiocruz e de outros órgãos o IBGE deve dar continuidade ao teletrabalho em regime emergencial.
Essa foi a posição adotada pela Plenária dos trabalhadores do IBGE, com representações de todo o país, realizada dias 21 e 22 de agosto.
Saudações sindicais!
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