Participantes:
José Borges e Luisa Drumond, pelo Departamento de Relações de Trabalho do governo
Paula Dias, representando o IBGE
Dione Oliveira, Cleiton Batista, Elvis Vitoriano, Dalton Luz, Fernando Lemos e Susana Drumond, por parte da ASSIBGE-SN
Assuntos discutidos:
Unificação de cargos – apesar da concordância entre IBGE e governo, entendem que não é o momento para discutir isso, porque existem muitas carreiras que também propõem o mesmo ou outras alternativas e isso precisa ser aprofundado na esfera do governo para um projeto mais amplo.
Incorporação de 2% da GDIBGE ao vencimento básico em parcelas mensais, tal qual o negociado pela entidade sindical do INSS (FENASPS) – Embora tenha dito na reunião anterior que esta proposta tinha passagem porque não havia impacto orçamentário, desta vez afirmou exatamente o contrário, de que existe impacto salarial e não terá passagem no nosso caso.
Reajuste salarial dos trabalhadores temporários – houve reconhecimento por parte do representante do governo dos baixos salários desse segmento e ratificou o entendimento de que cabe à direção do IBGE apresentar a demanda pelos recursos necessários ao reajuste para o orçamento de 2023, que será consolidado pelo Ministério da Economia até 31 de agosto, e votado ainda este ano.
Concursos – a previsão de concursos é inserida de forma genérica no orçamento e caberá ao próximo governo definir para quais órgãos irá autorizar concursos, levando em conta que quase todos estão alegando falta de pessoal e muitas aposentadorias em vista, tal como a ASSIBGE apresenta.
Ficou claro na reunião que não basta ter acordo entre o IBGE e ASSIBGE para os pleitos, como é o caso da unificação de cargos, porque as decisões passam por várias instâncias deliberativas no governo e que neste momento eleitoral não há interesse de mudar ou fazer acordos para além dos setores que fizeram greve ou cujas negociações foram das direções de órgãos com os ministérios.
Ainda que estejamos em ano de Censo e que os setores de governo necessitem das informações do IBGE, não há iniciativa incisiva da direção do IBGE para reivindicar melhorias para a nossa categoria, a exemplo do presidente do Banco Central, do presidente do INSS e dos dirigentes da Polícia Federal. Entendendo também que a contemplação de determinados setores pode ter motivação política e eleitoral para o atual governo, que quer se reeleger.
O IBGE vive situação distinta e desfavorável, pois é órgão vinculado ao Ministério da Economia, o ministério que exerce o papel de realizar cortes sendo responsável pelo orçamento e pela política fiscal austericida de todo o governo.
Somado a tudo isso, o quadro de mobilização e participação da categoria em assembleias e manifestações têm sido reduzido pelo quadro efetivo e temporário. O número de temporários é bem mais que o dobro dos efetivos. Nestas condições, precisaremos repensar a atuação de nossos núcleos, o cotidiano de nossas lutas e engajamento e participação para construção de unidade necessária para mudar o rumo das coisas, sejam elas as melhorias salariais, concursos e condições de trabalho. As categorias que fizeram greve e se mobilizaram são as que terão maiores chances de terem seus pleitos acolhidos na LOA 2023. O que significa que a história das lutas sindicais segue seu curso histórico de pressão e greves.
Sem luta não há conquistas!
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