O ato público do dia 28/11 em Brasília, convocado pelas entidades sindicais dos servidores federais, foi realizado em frente ao Anexo II do Congresso Nacional. Isso criou o fator surpresa e facilitou a participação de parlamentares, resultando em maior visibilidade através de vídeos compartilhados nas redes sociais, que serviram como divulgação da manifestação.
Houve discussão com a polícia legislativa, mas não houve bombas ou outra forma de violência. Somente no final do ato a polícia do DF apareceu, para impedir a passagem dos ônibus e das pessoas a pé, exigindo identificação e motivo para circular pela Esplanada. A solução encontrada foi colocar o pessoal em taxis e uber para chegar até o local da manifestação.
A estimativa da organização foi da participação de 5 mil pessoas, conforme se previa inicialmente. Além das delegações sindicais do funcionalismo federal, a manifestação contou com o reforço de caravanas de sem-terra e sem-teto, além de outras delegações de movimentos populares.
A repercussão do ato foi relevante, com notícia na imprensa da Capital federal. Depois de muito vai e vem, durante a reunião de avaliação foi informado que Rodrigo Maia receberia uma delegação às 18h. O que se sabe é que o Presidente da Câmara não deu certeza de que colocará o projeto da Reforma da Previdência em votação no dia 6, conforme estava previsto, ou se vai empurrar para o ano que vem. Vai depender do número de deputados comprometidos com o governo para votar o projeto.
Na reunião de avaliação realizada à tarde, foi reafirmado que é preciso atuar nos estados para indicar aos parlamentares que os servidores estão atentos, e assim dificultar que o governo alcance os votos necessários à aprovação da reforma. Foi fortemente pontuada também a necessidade de adesão à greve geral do dia 5, seja participando da mobilização, seja chamando as centrais à sua responsabilidade.
(*) Relato do companheiro Cleiton Batista, representante da Executiva Nacional da ASSIBGE-SN na manifestação de 28/11, em Brasília
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