Chegou ao conhecimento da ASSIBGE-SN que a Gerência de Mapeamento da Coordenação de Cartografia/DGC foi extinta, como consequência dos DAS que o governo retirou do IBGE. Ocorre que se trata de uma área altamente especializada, que trabalha com a produção de bases cartográficas, através de processos aerofotogramétricos, um setor que é conhecido como o “coração da Cartografia”.
O IBGE lançou sua última base cartográfica contínua do Estado do Rio de Janeiro este ano. Com a extinção desta atividade, não haverá mais trabalho com esta tecnologia. Ao todo a Coordenação de Cartografia do IBGE possui cerca de 35 servidores de Nível Superior e 34 técnicos de Nível Intermediário, todos em processo de aposentadoria. Nas últimas três décadas este setor chegou a ter 400 servidores.
Assim, o IBGE abre mão de produzir bases cartográficas de escala 1/25:000 ou maiores, fundamentais para os mapeamentos necessários aos censos. Ou seja, de agora em diante este trabalho terá que ser adquirido no mercado ou terceirizado. A pouca produção que resta é realizada por estagiários, com remuneração mensal em torno de R$ 400,00.
Esta política coloca em condições críticas a Cartografia como um todo, uma vez que o trabalho de estagiários visa somente dar formação ao trabalhador, e não ser aplicado diretamente à produção. Isso só demonstra a ausência de um projeto institucional do setor de Cartografia e, em última análise, sacrifica a missão estratégica do IBGE, que inclui a área de Geociências como indissociável das demais.
Com a palavra a administração do senhor Paulo Rabello de Castro e o Conselho Diretor do IBGE.
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