Sindicato aceita proposta do governo após consultar a base

Os trabalhadores e as trabalhadoras do IBGE deliberaram, através de assembleias por todo país realizadas entre os dias 15 e 19 de abril, pelo aceite do termo de compromisso proposto pelo governo federal. A decisão já foi comunicada ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Foram realizadas assembleias em 26 núcleos sindicais, reunindo cerca de 1500 trabalhadores, contemplando os efetivos ativos e aposentados e os servidores temporários.

O termo aceito prevê apenas a elevação do auxílio alimentação para R$1000 e reajustes nos auxílios creche e saúde, não contemplando nenhum reajuste salarial, e indica que toda a negociação salarial dos próximos anos deverá ser tratada separadamente com cada categoria em mesas específicas de negociação.

A proposta do governo está muito abaixo das reivindicações dos servidores, mas em sua maioria as assembleias avaliaram que não havia condições para obter uma proposta melhor no momento, e que o aporte de R$342 no auxílio alimentação representaria um alívio emergencial, em especial para os trabalhadores temporários.

As assembleias debateram também a necessidade de intensificar a mobilização pela reestruturação da carreira dos efetivos (ativos e aposentados) e pelas pautas dos trabalhadores temporários. Ratificaram também a pauta de equiparação dos benefícios com o judiciário, bem como a nossa reivindicação de que o auxílio saúde seja estendido a todos, ativos (efetivos e temporários) e aposentados, não somente para os que têm plano. Vários núcleos apontaram propostas de atos, paralisações e indicativo de greve. A ASSIBGE trabalhará na construção de um calendário de mobilização.

Lembrando que, nossa luta é por todos os trabalhadores e trabalhadoras do sindicato, efetivos e temporários, contemplando, obviamente, os servidores aposentados e pensionistas. Rechaçamos o desprezo visto em vários meios e reiteramos que, as conquistas que temos até hoje e as lutas que enfrentamos nos tempos atuais, tem grande apoio e foi construída, na maior parte, por eles. Aposentados sim, inativos jamais.