Trabalhadores do IBGE em São Paulo e algumas localidades da região metropolitana estão sem atendimento pelo plano de saúde da UNIMED-RIO – conveniado tanto pela SIAS/MAPMA, como pelo IBBCA/CASSIMED (empresas que ficaram com a massa da ASSIBGE) – em razão da liquidação da Unimed Paulistana.
O sistema absorveu os contratos individuais e jurídicos de até 30 pessoas e não ocorreu decisão sobre o problema dos intercâmbios.
Como os médicos e hospitais ficaram sem receber, eles estão se negando a atender os intercâmbios e os trabalhadores estão pelo terceiro mês pagando sem atendimento. Alguns trabalhadores tem ido a outros municípios buscar atendimento e muitos estão pagando consultas e exames ou indo para o atendimento público. Há muitos que fazem uso de medicamentos contínuos e controlados, outros com doenças graves, problemas de quedas, mal súbitos, etc.
Os trabalhadores reclamam que os telefones da SIAS e IBBCA não atendem e que as indicações tem sido pontuais e absurdas, como é o caso de indicar um médico que atenda em uma longa distância da sede de trabalho (e, portanto, as 4 horas que IBGE concede não são suficientes), além de ter que ir a um médico com quem não faz determinados tratamentos continuados.
A página do IBBCA na internet informa que o atendimento está tranquilo e o problema é para quem tem convênio direto com a Paulistana. Isto não é absolutamente correto. Na SIAS, as indicações, por intermédio de email não tem sido satisfatórias e os companheiros temem por uma fatalidade por falta de atendimento.
O que mais revolta os trabalhadores, contudo, é a falta de respeito dos responsáveis pelos planos – seja Unimed Rio, Sias, Mapma, IBBCA ou Cassimed –, pois ninguém teve a dignidade de comparecer a Unidade Estadual de São Paulo e dar as devidas explicações, acompanhar os problemas ou dar um posicionamento a respeito da situação.
Soubemos, através de conversa direta com a Gerente de Relacionamento da SIAS, que a mesma não entrou com denúncia na ANS e nem ação judicial para que os clientes sejam atendidos. Segundo ela, os profissionais e hospitais não podem ser obrigados a atender, pois são credores do sistema e querem solução para suas dívidas. Ela disse que na próxima semana haverá uma reunião entre SIAS/MAPMA e UNIMED RIO, para discutirem sobre a situação e encaminhamentos.
A ASSIBGE está encaminhando documento a SIAS, MAPMA, IBBCA, CASSIMED, UNIMED RIO, ANS e a Procuradoria Federal para denunciar o problema e exigir atendimento aos companheiros.
Infraestrutura do prédio da UE/SP exige atenção urgente
Na UE/SP, prédio da Rua Urussui, chama a atenção o fato de que prepararam os espaços e suportes para instalação de aparelhos de ar condicionado, mas continuam sem instalar há mais de dois anos. O calor está grande, por vezes chove e os trabalhadores tem que aguentar essa situação e não estão tendo respostas da administração.
A internet é um problema crônico, nada condizente com um IBGE que quer ser referência internacional. Está na hora dos dirigentes olharem para os problemas internos, de falta de pessoal, de estrutura física, de computadores decentes, internet e as condições materiais necessárias aos trabalhadores.
É preciso vestir a sandália da humildade e visitar as unidades, conversar com os trabalhadores e ouvir suas demandas. Afinal, o IBGE é um órgão público e os dirigentes precisam estar mais conectados com os problemas e a realidade do “chão da fábrica”.
Executiva Nacional da ASSIBGE-SN
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