Em meio à pandemia de coronavírus, a ASSIBGE-SN protocolou ofício junto à direção do IBGE (020/2020), na manhã de 17 de março, solicitando celeridade no aprofundamento das medidas de adequação das normas de trabalho. As reivindicações tratam das tarefas profissionais dos trabalhadores do quadro, temporários e terceirizados. O objetivo é ampliar a prevenção ao coronavírus e preservar a saúde dos servidores.
Principais pontos do ofício:
Coleta domiciliar – Paralisação imediata da coleta presencial, visto que o servidor não só pode ser vítima de contaminação como vetor da contaminação dos entrevistados;
Padronização dos procedimentos – É preciso padronizar a aplicação da norma/resolução do CD em todas as unidades estaduais e agências, o que inclui o fluxo de processos sobre regime de trabalho remoto/domiciliar, facilitando a situação de servidores com doenças preexistentes e que tenham necessidade de cuidar de parentes;
Dispensa de controle de ponto aos responsáveis por crianças e idosos;
Flexibilizar prazos para compensação de horas – Emprego do banco de horas semelhante ao de períodos de recesso, com prazo mais largo para sua aplicação;
Criar comissões de saúde e meio ambiente nos locais de trabalho – É urgente disponibilizar álcool em gel em posições estratégias em todas as unidades do IBGE, incluindo naturalmente as agências onde às vezes faltam, além do álcool em gel, sabonete e papel higiênico, bem como orientações às equipes de limpeza quanto a maçanetas, corrimãos e outros objetos e locais de uso comum e mais intenso;
Extensão das mesmas medidas de prevenção às empresas terceirizadas.
Mais cuidado com os trabalhadores, menos apreço a procedimentos burocráticos
Numa crise de proporções mundiais os dirigentes do IBGE parecem muito mais preocupados em manter as atividades de qualquer maneira, do que assegurar as condições de saúde dos trabalhadores.
O Sindicato considera inadmissível que um servidor vá a uma unidade de saúde no IBGE com sintomas de resfriado e obtenha como resposta a orientação de que se dirija ao sistema de saúde público ou privado para buscar atendimento. A orientação do Ministério da Saúde nesses casos é clara: ficar em casa. No entanto, em email encaminhado aos servidores, a Coordenação de Recursos Humanos (CRH) orienta: “A pessoa que apresentar os sintomas iniciais do vírus, como febre baixa, tosse, dor de garganta e coriza deve buscar os serviços de saúde públicos ou privados”.
Fica muito claro, assim, que a preocupação do CRH do IBGE é com a apresentação de um atestado para anexar ao controle de frequência, não com a saúde do servidor e nem tampouco com o controle da pandemia do coronavírus.
*Confira a íntegra do Ofício, publicado em anexo.
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